A Carteira de Identidade Nacional (CIN), documento que substitui o tradicional RG e passa a usar o CPF como número único de identificação, já se destaca como uma das ferramentas mais eficazes na prevenção de fraudes no Brasil.
Um levantamento realizado pela Serasa Experian, divulgado nesta terça-feira (16) no Dia Nacional da Identidade, mostrou que 86,9% das transações financeiras validadas com a CIN não apresentaram qualquer risco de fraude. O índice coloca a nova carteira muito à frente de outros documentos oficiais utilizados no país.
Segundo os dados analisados em 30 milhões de transações entre janeiro e agosto de 2025, a CIN se mostrou até dez vezes mais segura que o RG, além de ser cinco vezes mais eficiente que a CNH e quatro vezes mais confiável que o DNI.
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O que torna a CIN mais segura
O documento conta com mecanismos modernos de proteção, como:
- QR Code para validação instantânea;
- Zona de leitura automática (MRZ);
- Integração em base nacional, que impede a emissão de múltiplas identidades para o mesmo CPF;
- Atualizações obrigatórias conforme a faixa etária, reduzindo o uso de versões antigas ou desatualizadas.
Esses recursos dificultam golpes comuns que, até hoje, exploravam brechas em documentos tradicionais.
Principais tentativas de fraude ainda registradas
Apesar do avanço, o estudo identificou alguns riscos em casos pontuais, sendo os principais:
- Divergências na verificação facial (41,1%);
- Inconsistências cadastrais (36,3%);
- Uso de capturas de tela de documentos;
- Tentativas com biometria incompatível.
Substituição total até 2032
A transição entre o RG e a CIN será gradual. O prazo estabelecido pelo governo prevê que até 2032 todos os brasileiros já utilizem a nova Carteira de Identidade Nacional. Até lá, os dois documentos continuam coexistindo.
Especialistas avaliam que a CIN deve se consolidar como padrão nacional, trazendo não apenas mais segurança, mas também padronização e agilidade nos processos de identificação em todo o território brasileiro.

