Falta de vagas em creches volta a expor crise na educação em Cordeirópolis

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A 28ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Cordeirópolis, realizada no dia 23 de setembro de 2025, teve como destaques a aprovação de dois projetos de lei considerados relevantes para a sociedade, mas também trouxe à tona problemas que seguem sem solução, como a falta de vagas em creches e a carência de merenda escolar no período noturno, ambos trazidos pelo vereador Diego Fabiano.

 

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Projetos aprovados: memória e incentivo ao esporte

Na Ordem do Dia, dois projetos foram aprovados. O primeiro, que institui o Dia da Lembrança do Holocausto Judaico, a ser celebrado anualmente em 27 de janeiro, estabelece um espaço de reflexão sobre preconceito, intolerância e discriminação, mantendo viva a memória de um dos episódios mais trágicos da humanidade. Projeto de autoria da vereadora Deize Bettin.
Outro aprovado foi o que cria o Selo Empresa Amiga do Esporte, iniciativa que busca reconhecer empresas que invistam em modalidades esportivas no município, alinhando Cordeirópolis às políticas já existentes em âmbito estadual e federal. Projeto do vereador Diego Fabiano.

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Expediente: saúde mental em pauta

Entre os projetos protocolados, chama atenção o Projeto de Lei nº 49/2025, que dispõe sobre a criação de políticas municipais de promoção e cuidado à saúde mental dos profissionais da rede pública de educação.
Embora a proposta avance em direção a uma demanda urgente, a realidade aponta para um quadro já insustentável: professores e servidores da educação municipal reclamam nos bastidores, exaustão, sobrecarga de trabalho e falta de apoio psicológico. O projeto abre espaço para o debate, mas surge em um contexto em que medidas práticas e imediatas ainda não chegaram às salas de aula, deixando evidente o atraso no enfrentamento desse problema.

Indicações repetitivas: pedidos que não saem do papel

Mais uma vez, as indicações apresentadas na sessão repetiram a rotina de pedidos por troca de lâmpadas, reforço de sinalização, manutenção em escolas, limpeza de praças e melhorias em bairros.
A cada sessão, o cenário se repete: reivindicações básicas que há anos se repetem. A insistência nos mesmos temas revela não apenas a precariedade da infraestrutura municipal, mas também a falta de planejamento de longo prazo do poder público, que trata problemas crônicos apenas como demandas pontuais.

Explicação pessoal: creches e merenda em colapso

O ponto mais crítico da sessão foi a revelação da falta de vagas nas creches municipais. Segundo relato do vereador Diego  Fabiano, 37 famílias aguardam por atendimento, situação que sobrecarrega os Centros de Educação Infantil e expõe a incapacidade do município em atender uma das necessidades mais urgentes da população: o acesso à educação infantil.
Somado a isso, a discussão sobre a merenda escolar no período noturno expôs outro gargalo: segundo números apresentados pelo vereador, são dois mil alunos da rede estadual atendidos, com um repasse anual de apenas R$ 878 mil do Governo do Estado, valor insuficiente para garantir a alimentação de todos. Diante disso, o município tem arcado com parte dos custos, prática que já ocorria em anos anteriores, mas que hoje evidencia ainda mais a precarização de um direito básico. Jovens e adultos, muitos deles trabalhadores que chegam à sala de aula após um dia exaustivo, acabam sendo diretamente prejudicados.

A contradição é clara: enquanto se critica o Estado pela insuficiência de recursos, a mesma firmeza não aparece diante da crise das creches, onde 37 famílias seguem sem atendimento. Em vez de cobrança dura, a postura vista foi de “pedidos de desculpas”, quando o que a população espera é solução.

Análise crítica: o silêncio que protege o Executivo

A sessão evidenciou um contraste: enquanto projetos simbólicos avançam, os problemas cotidianos da população permanecem intocados. A Câmara se mostra ciente da crise, seja na educação infantil, na alimentação escolar ou na saúde mental dos servidores, mas pouco incisiva na cobrança por soluções imediatas.
A postura de conivência dos vereadores, que evitam confrontar diretamente o Executivo, traduz um comportamento recorrente: o medo de ferir interesses políticos em detrimento das necessidades reais da população. Assim, a crise se perpetua e os cidadãos seguem à espera de medidas concretas, não apenas de discursos e promessas.

E você, morador de Cordeirópolis, até quando vai aceitar essa situação? Acompanhe e cobre!

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