Câmara aprova reorganização das zonas do IPTU e altera peso tributário de bairros em Cordeirópolis

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A Câmara Municipal aprovou por unanimidade a nova lei que redefine todo o mapa de tributação do IPTU em Cordeirópolis. A Prefeitura apresentou a mudança como uma “correção necessária”, mas, na prática, o reajuste reclassifica bairros, eleva faixas tributárias e cria novas categorias, alterando diretamente a base de cálculo do imposto — mesmo sem mexer nas alíquotas.

A alíquota continua em 0,5% para imóveis edificados e 2% para terrenos vazios, porém o aumento real está na zona onde cada bairro passa a ser enquadrado, e nos valores venais atualizados de cada zona.

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Confira, de forma objetiva, o que mudou em cada região:

  1. COMO ESTAVAM OS VALORES — 2024 → 2025 (DECRETO 6.913/2024)
ZONA VALOR 2024 VALOR 2025
Zona 01 R$ 673/m² R$ 705/m²
Zona 02 R$ 562/m² R$ 589/m²
Zona 03 R$ 269/m² R$ 282/m²
Zona 04 R$ 179/m² R$ 188/m²
Zona 05 R$ 133/m² R$ 140/m²
Zona 06 R$ 93/m² R$ 98/m²
Zona 07 R$ 66/m² R$ 70/m²
Zona 08 R$ 18/m² R$ 19/m²


Fonte: Decreto Municipal nº 6.913/2024.

 

E O QUE MUDA PARA 2026?

O que muda é a zona onde cada bairro será colocado  e isso muda o valor final do IPTU.

A seguir, veja bairro por bairro:

ZONA 01 – ÁREA MAIS CARA DA CIDADE (R$ 705/m²)

O que muda:
• Deixou de ser exclusiva da Praça Central.
Jardim Flamboyant foi elevado para essa zona,  é agora tributado no valor mais alto do município.

 

ZONA 02 – CENTRO TRIBUTÁRIO AMPLIADO (R$ 589/m²)

O que muda:
• O Centro expandiu.
Jardim Alto do Cascalho foi adicionado e agora é considerado zona valorizada.

 

ZONA 03 – REORGANIZAÇÃO DA ZONA INTERMEDIÁRIA (R$ 282/m²)

O que muda:
• Botion, Lídia, Palmeiras, Nova Brasília e Florença foram reagrupados. As Vilas: Botion, Lidia, Nova Brasília, Palmeiras, Santo Antonio e os Jardins: Jafet, Módolo, São Paulo, São Pedro, e Residencial Florença; Desmembramentos: Odécio Roland e Leandro Boteon.

ZONA 04 – AMPLIAÇÃO DE ÁREA (R$ 188/m²)

O que muda:
• Entra na zona: Paraty II, Ricardo Levy, Portal das Torres e áreas limítrofes.
• Regiões que antes tinham classificação mais baixa agora sobem de faixa, consequentemente valo final do IPTU mais caro.

As Vilas: Barbosa; Nossa Senhora Aparecida; Olympia, Pereira, Primavera; Pinheiros; e São José; Jardins: Bela Vista, Itajay,  Planalto, Juventude, José Corte, Paraíso, Paraty, Paraty II e Ricardo Levy, Jardins Residenciais: Santa Rita; e, do Bosque, Residencial: Portal das Torres, Áreas contínuas confrontando com a Rua Manoel Beraldo; Conjuntos Habitacionais: Bela Vista e Ângelo Betim; Conjuntos Residenciais: São José I e São José II; Desmembramento Santo Mendes; e, a Colônia da FEPASA (situada na Avenida Vereador Vilson Diório) e imóveis limítrofes.

ZONA 05 – MAIOR REGIÃO POPULAR DA CIDADE (R$ 140/m²)

O que muda:
• Progresso, Cordeiro I/II/III, Santa Luzia, São Francisco e São Luiz passam a ter delimitação oficial.
• Subdivisões foram regularizadas.

Os jardins: Das Amoreiras, Cordeiro I, II e III; Progresso, São Luiz; e Residenciais: São Francisco e Lise; o Conjunto Habitacional “Santa Luzia” “Desmembramento próximo ao Santa Luzia” e o “Triângulo entre Benedito Guimarães Cruz e Jardim Progresso.

ZONA 06 – JARDIM ELDORADO (R$ 98/m²)

O que muda:
• Antes sem zona própria, agora tem classificação oficial.

 

ZONA 07 – ENGENHO VELHO (R$ 70/m²)

O que muda:
• Também ganha zona própria.
• Deixa de ser área periférica “não definida”.

 

ZONA 08 – CASCALHO + JARDIM DOM I (R$ 19/m²)

O que muda:
• Cascalho finalmente ganha enquadramento oficial.
• Valor venal mais baixo da tabela.

 

CATEGORIA ESPECIAL “n” – CONDOMÍNIOS FECHADOS (R$ 589/m²)

Inclui:
Vila Gardone
Mosaico I
Mosaico II

Antes não tinham categoria específica, eram tributados por interpretação administrativa.

Agora passam a ter faixa fixa, equivalente à Zona 02.

A MUDANÇA É MUITO MAIOR DO QUE UMA “CORREÇÃO”

A Prefeitura já havia reajustado toda a tabela venal para 2025. Mesmo assim, a Câmara aprovou sem debate um projeto que muda drasticamente a classificação dos bairros, ampliando zonas valorizadas e elevando a base de cálculo do imposto.

Um vereador afirmou que era “apenas uma correção”. A vereadora que antes criticava alterações sem aviso prévio aprovou sem resistência.

Com a nova lei, bairros sobem artificialmente de faixa e condomínios ganham classificação própria e tudo isso aumenta a arrecadação sem que o contribuinte tenha sido informado sobre impacto real no IPTU.

A pergunta permanece: a Câmara está defendendo o contribuinte ou apenas validando decisões do Executivo? Ao aprovar mudanças sem estudo de impacto e sem audiência pública, os vereadores deixam de exercer a fiscalização que a cidade espera mais uma vez

 

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