Pais do CACO relatam insegurança: vídeo da prefeita não convence e mães contestam explicações

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Foto: Arquivo

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Já se passaram nove meses da gestão da prefeita Cristina Saad e as incertezas em torno do futuro do Centro de Atendimento ao Autismo de Cordeirópolis (CACO) continuam mobilizando famílias. Apesar de declarações oficiais de que não há risco para o fim dos atendimentos, pais e mães seguem relatando insegurança, dúvidas e dificuldades concretas.

Entre os relatos, estão casos de famílias que dizem estar sendo “forçadas” a deixar o CACO por possuírem plano de saúde da Unimed. Inicialmente, havia a informação de que os atendimentos seriam realizados em regime de coparticipação, mas a própria operadora voltou atrás e suspendeu a cobrança. O impasse abriu outra preocupação: se esses pais perderem o convênio em meio à atual instabilidade econômica, como ficará a continuidade das terapias de seus filhos?

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A fila existe?

O discurso oficial de que não há fila de espera também é contestado. Nas redes sociais, multiplicam-se publicações de pais afirmando não conseguir laudos nem encaminhamentos, situação que confirma a existência de uma lista de espera  mesmo diante da negativa da prefeitura. O Martello News já havia questionado o assunto em maio deste ano, quando a prefeita garantiu que o CACO permaneceria funcionando normalmente. Mas as queixas persistem, agora reforçadas pelas próprias respostas de mães no vídeo publicado pela prefeita.

Vídeo de defesa e reações críticas

Nesta quarta-feira (24), a prefeita Cristina Saad e a secretária de Saúde Regiane Pontes gravaram um vídeo classificando como fake news as informações sobre problemas no CACO. Segundo elas, os atendimentos seriam reorganizados “sem prejuízo às crianças” e não haveria fila de espera.

A reação de mães e familiares, no entanto, foi imediata. Comentários postados abaixo do vídeo colocaram em xeque a fala oficial:

  • “Quando irá no CACO, para conhecer o espaço e as crianças? Porque já visitou vários lugares, passou de frente ao CACO, teve criança que gritou ‘prefeita’ e você não voltou lá”, escreveu uma mãe.
  • Outra questionou: “Que dia você irá no CACO conversar com as mães, falar de melhorias do espaço, material para terapias?”.
  • Houve ainda quem indagasse: “Se não tem fila de espera, porque tanta gente procura o CACO perguntando quando o filho será atendido? Por que há crianças sendo encaminhadas para o CAPS, que já não consegue atender nem a demanda de crianças típicas?”.

Os relatos escancaram a distância entre a versão oficial e a realidade vivida por quem depende do serviço.

Redução de profissionais e impacto nos atendimentos

Ainda em maio, mães alertavam sobre a diminuição no número de profissionais especializados no CACO. A redução, segundo elas, já vinha comprometendo a continuidade e a qualidade dos atendimentos. Hoje, a percepção é de que o problema não apenas continua, mas se aprofunda.

Pressão popular e ações judiciais

Diante da pressão nas redes sociais, a prefeita se manifestou publicamente. Porém, muitas famílias avaliam que as respostas foram superficiais. “Sequer deu atenção às famílias atípicas dependentes do SUS, só decidiu falar sobre devido à pressão. E ainda grava um vídeo com informações vagas. O que seria ‘reorganizar’? Explique publicamente!”, cobrou outra mãe.

O Martello News apurou que duas famílias já entraram na Justiça para garantir os atendimentos previstos em lei. O movimento reforça a sensação de que, para muitos pais, só resta buscar amparo judicial diante da insegurança.

Perguntas que seguem sem resposta

A principal dúvida ainda paira: o novo espaço garantirá todas as terapias necessárias? Há crianças que precisam de até cinco tipos diferentes de acompanhamento semanal. Como assegurar que cada uma delas terá o suporte integral sem interrupções?

Enquanto as autoridades insistem em dizer que não há problemas, os relatos das famílias mostram um cenário distinto, marcado por incertezas, cobranças e, sobretudo, pela luta de pais e mães que não podem abrir mão do direito dos filhos a um atendimento digno e contínuo.

 

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